Príncipe Machado
Dois dias de amarelo, uma demonstração de classe e raça acima da média, e o pódio final da Volta às Astúrias. Tiago Machado ficou na boca do povo asturiano e, tal começou, na etapa inaugural até Llanes, foi uma vez mais ao ataque, soberba característica que partilha com o vencedor da prova, o espanhol Francisco Mancebo (Rock Racing), que terminou a corrida. O famalicense da Madeinox-Boavista, estreante na Volta às Astúrias, foi terceiro na chegada da quinta etapa a Oviedo, batido por Angel Vicioso (Andalucia), vencedor da prova em 2008, e pelo esloveno Grega Bole, consagrado no primeiro sector da terceira etapa. Foi um final em suspenso, com Machado a aproveitar o terreno ondulado - o asturiano e campeão olímpico Samuel Sanchez desenhou esta etapa a pedido da organização - e a "armadilha" da parte final, uma sucessão de curtas e explosivas subidas, para lançar a sua cartada, tal como outros dos nomes fortes, como Hector Guerra e Nuno Ribeiro (Liberty Seguros) ou ainda Angel Vicioso ou Santi Perez (Madeinox-Boavista). A chegada, porém, foi feliz para os mais experientes. Vicioso lançou em força o sprint, já no centro de Oviedo, e nem Tiago Machado, lançado pelo colega Sérgio Sousa, teve capacidade para o ultrapassar. Mesmo assim, fechou a presença portuguesa na edição 53 da Volta às Astúrias com a melhor classificação de sempre de um corredor nacional. A Madeinox-Boavista e a Liberty Seguros ainda tomam hoje parte na Subida a Naranco, clássica de 154 quilómetros com final em subida e conquistada em 2008 por Xavier Tondo, vencedor da Volta a Portugal.